Ao discursar na cerimónia de cumprimentos de fim de ano, o ministro realçou que, as infra-estruturas vão ser erguidas nos principais pontos de entrada e saída dos produtos.
Entre as perspectivas para o ano de 2024, o sector implementa o Plano de Fomento da Produção de Arroz, assim como o Plano de Fomento para a Produção de Frutas, que visa a diversificação das culturas e melhoria da renda das famílias camponesas.
Entre as acções destacou o aumento da assistência técnica às explorações agrícolas familiares, disponibilidade de factores de produção, apoiar e facilitar o acesso à mecanização agrícola e criação de condições para a construção e reabilitação das infra-estruturas de apoio à produção agropecuária.
"É desejável que essas iniciativas constem, igualmente, no orçamento dos municípios com potencial agro-pecuário", frisou.
Prevê-se expandir a experiência de implementação de Escolas de Campo, e criação de caixas comunitárias, numa estreita e saudável coloração entre o Instituto de Desenvolvimento Agrário e o Fundo de Desenvolvimento Agrário. No domínio agropecuário, está previsto o reforço da investigação agronómica e veterinária e apoiar a produção nacional de sementes certificadas, assim como implementar o Plano de Repovoamento Animal. No segmento das florestas, António Francisco de Assis destacou a necessidade de se garantir a melhoria dos Serviços de Fiscalização.
"Com a aprovação esperada do Regulamento de Caça, estaremos em condições de solicitar ao Titular do Poder Executivo, a reabertura da actividade cinegética, nos termos da Lei, pondo término a medida de suspensão desta actividade, que vem vigorando desde 2007", apontou, depois de frisar que, o enquadramento de novos quadros, bem como a formação contínua e a criação de incentivos, constitui,também, uma das prioridades do sector.
Balanço satisfatório
O ano agrícola 2022/2023, segundo o ministro António de Francisco de Assis foi caracterizado com níveis de produção satisfatórios e com um crescimento global de 6,6 por cento.
A produção de cereais atingiu 3.357.136 toneladas, um crescimento de 5,3 por cento, em relação ao ano agrícola anterior.
Na campanha agrícola registou-se um aumento de 241 por cento na produção de trigo e de 158 por cento na cultura de arroz, fruto do engajamento dos produtores e acompanhamento do sector.
"Na fileira dos cereais temos que reconhecer e agradecer o empenho e dedicação dos produtores familiares e dos empresários, no domínio do trigo e do arroz, estão a fazer história e conquistaram o nosso respeito e admiração", sublinhou o ministro.
Na fileira de raízes e tubérculos, foram produzidas 13.743.973 toneladas, um crescimento de 6,3 por cento.
Em relação às leguminosas e oleaginosas, foram produzidas 664.989 toneladas, e nas hortícolas, foram produzidas 2.203.362 toneladas. Na fileira das frutas foram produzidas 6.487.767 toneladas, e na cana de açúcar foram produzidas 1.296.000 toneladas.
No domínio do café, a produção foi de 6.229 toneladas, das quais 656 toneladas provém da contribuição do sector empresarial.
Foram emitidas licenças para a exportação de 1.427 toneladas de café comercial (robusta Ambriz e Amboim), o que representou um aumento de 37 por cento.
Os principais destinos da exportação do café foram Portugal, Marrocos, Espanha e Alemanha, no valor global de 3.567.500,00 de dólares.
Pecuária
No domínio da pecuária, disse, de Janeiro a Dezembro, foram produzidas 341.942 toneladas de carne, o que corresponde a um aumento de 6,9 por cento, em relação ao mesmo período do ano anterior.
Foram também produzidas 2.761.610.586 unidades de ovos. Em relação ao leite, foram produzidos 6.311.088 litros de leite, correspondente a 12,4 por cento acima do resultado alcançado no ano transacto.
No âmbito do programa de fomento da avicultura familiar foram distribuídos 1 milhão e 515 pintos da raça Boschveld (galinha rústica) e ração.
Destacou que decorre, igualmente, a colaboração com o consórcio NIMBOS para estudos da rocha de fosfato de Cabinda, que culminará na produção de fertilizantes fosfatados e com a Universidade José Eduardo dos Santos e Instituto Superior de Agronomia de Portugal.
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